DE PASSAGEM...

sábado, 17 de dezembro de 2011

E ao terminar 2011...mais uma BOA NOTICIA


Pois é, a 15 dias de terminar este maldito ano 2011, eis que ontem recebo em casa uma carta da Caixa Nacional de Pensões, confirmando que o meu pedido de Pensão pelo Regime especial de proteção na invalidez, foi deferido.
Face ás perpectivas sombrias de um largo periodo de recuperação das mazelas que por cá ficaram, causadas por todo este processo, tratamentos incluidos, e tal como previsto na Lei 90/2009, de 31-08-2009, solicitei a referida pensão, no passado dia 5 de Agosto.
Para quem não souber do que trata essa lei, e porque a mesma pode ser uma tábua de salvação para as doenças nela previstas, sugiro aos interessados a leitura atenta da mesma através deste guia prático: http://www2.seg-social.pt/preview_documentos.asp?r=29074&m=PDF
Nos dias que correm, com um periodo de incapacidade, totalmente indefinido, pela frente, esta é a garantia de receber uma pensão...pelo menos enquanto os “coelhos troikianos” e as “merkozis” deixarem que haja dinheiro para tal.
Para além da documentação pessoal necessária, e do preenchimento do respectivo requerimento, apenas apresentei:
1 - Atestado médico de incapacidade multiuso, que já o tinha desde Junho, e onde me foi atribuida 80% de incapacidade, a reavaliar em 2018.
2 – Relatório do meu Urologista, e que simultâneamente também foi o meu Cirurgião, com o estado clinico.
3 – Declaração da actividade exercida, a qual, devido á insolvência de que foi alvo a minha ultima entidade empregadora, se limitou á fotocopia da declaração que me foi enviada pelo Administrador de Insolvência, para efeitos de requerer o subsidio de desemprego, e que acaba por não vir a ser necessária....diria, felizmente.
Nem sequer apresentei qualquer declaração da médica de familia....rigorosamente mais nada.
Houve pessoas amigas quem me disseram ser necessário mais pareceres, mas para mim, estava ali o necessário e fundamental.
Em Setembro, fui chamado ao Médico Relator, para a referida junta, por sinal uma médica, a qual ainda fotocopiou mais 2 documentos que achou de interesse, entre eles o relatório da analise patológica ao “material” retirado na cirurgia, o qual tinha servido de base ao relatório do meu médico.
Quando no dia 15 do mês passado fui á Junta Médica, saí de lá com ideia de que a minha pretensão iria ser aprovada, mas nunca fiando...
Na semana seguinte, dia 23, tive nova Junta Médica, essa para contrôle da baixa, e por coincidência, um dos médicos também feito parte da Junta da semana anterior. Aí, tendo-me reconhecido, e sem que eu lhe perguntasse nada, adiantou-me que tudo tinha sido despachado favoravelmente e para eu estar descansado que a carta da CNP haveria de chegar a casa com a confirmação...
Mas, como a vida me ensinou a ser cauteloso, e porque não...,também desconfiado, preferi mais esperar por ver o “preto no branco”, e agora sim, com a cartinha recebida, já posso respirar de alivio.
Se para muita gente, a passagem a uma situação de “reforma”, até é motivo de festa, para mim, e porque tal se fica a dever aos graves problemas de saude que me atormentaram neste ano, limito-me a receber a noticia com um “sorriso amarelo”.
Certamente que, a partir de agora, um peso enorme saiu de cima dos meus ombros.
Daqui para a frente, agora e sempre, prioridade á recuperação, a qual, se será total ou não, só o tempo e os anos o dirão.
Depois arejar...arejar...arejar, que bem preciso.
E nunca descurando a possibilidade prevista neste regime especial, de um dia voltar a exercer actividade profissional.
Mas isso, a acontecer..,muita água ainda vai ter de passar por baixo das pontes.
No inicio de Janeiro, começarei mais um ciclo na recuperação...trata-se de fisioterapia á bexiga, através de estimulação electrica com recurso a uma sonda, feita no Curry Cabral, e com uma duração prevista de 3 meses...Ao menos que resulte, é o que eu espero.
A todos os que lerem esta mensagem, aconselho a guardarem o link que vos deixei, pois nunca se sabe quando poderá ser util, a vocês ou a alguém que conheçam.
Enfim, no meio de tanta tempestade, eis que veio um pouco de bonança.