Dia de sol bem quentinho, em
total contraste com a hora a que escrevo este texto...pois chove copiosamente J
Marcas do Euro1012, ou não
estivéssemos na Polónia
Ao longo da estrada que nos
conduziu até Varsóvia, era impressionante a quantidade de simbolos religiosos
relacionados com acidentes,
Que não deverão ser confundidos
com outros, bem maiores, á entrada das propriedades
Já perto de Varsóvia, algo a que
já não estávamos habituados...filas interminaveis de transito
Devido ao Euro 2012, Varsóvia
estava realmente um caos, pelo que de imediato abandonámos a ideia de ali ficar
e avançar até paragens mais calmas J
Assim, acabámos por vir até
Leznowola, uma pacata aldeia polaca, onde existe um local de pernoita
referenciado no Campingcar infos...é particular, pode dar para 5 ou 6 AC’s e o
estacionamento é gratuito (N51º54’40’’ E 20º53’20’’).
Optei por pagar a ligação
eléctrica e assim tentar poupar mais um pouco de gaz...
Dia 66 – 11/06/2012 – Lesznowola (PL) / Cracóvia (PL) – 271/15.389 km
Depois de uma odisseia, lá conseguir
trocar dinheiro, a 4,255 zlotis/euro.
Nunca pensei que por estas
bandas, os bancos não fizessem esses cambios de dinheiro, e ao fim de 4
tentativas, fui dar com um Millennium...onde me faziam a troca porque era
cliente do banco (em Portugal, é obvio J ), mas aconselharam-me
a ir a um Kantor, pois aí seria mais vantajoso J
A simpatica funcionaria, no seu
bom inglês, e depois de eu lhe ter dito que um ali mesmo ao lado estava
fechado, lá me disse que havia outro a “thousand” metros dali e indicou-me o
caminho a seguir...
Depois de ter andado mais de mil
metros e ter questionado 3 ou 4 pessoas onde era o bendito “Kantor junto á
estação dos autocarros”, e porque todas me diziam que isso era j+a muito para
trás...entrei noutro banco e....de papelinho na mão, voltei em sentido
contrário e...afinal não era a “thousand” metros, mas sim a “hundred”
metros...era só uma questão de um zero a mais...
E porque á chegada aqui a
Cracovia, ainda vi mais uns 3 ou 4 Millenniuns, começo a questionar-me se os
funcionarios polacos não se andarão a enganar nos “zeros” e nós a pagarmos a
factura em Portugal J
E quanto a consumos, hoje atestei
com 86,95 litros para 1.162 kms percorridos...média de 7,483 lt/100, a mais
baixa conseguida até hoje...e ainda podia ter sido melhor J
Na realidade, nos primeiros 150 a
200 kms deste depósito, ainda havia consumos instantaneos acima do normal,
fruto de restos de gasoleo metidos na Finlândia, o qual era francamente mau, e
provou-me consumos muito acima do normal até á Tallin.
Nem sempre o barato é bom, e foi
o que me aconteceu.
Quanto á media de consumo nos
15.128 kms de viagem, vai em 8,609 lt/100, o que é muito bom, face ao tipo de
itinerário escolhido, nomeadamente na Noruega, com muita rota turistica por
montanhas e mais montanhas, normalmente fora das rotas habituais dos
autocaravanistas J
Numa ida a um Carrefour, fomos
ver de preços e....ficámos sem palavras...acreditem ou não, encontrámos
artigos, por exemplo electrodomesticos, a menos de metade dos preços praticados
no nosso país... J
E falo de artigos iguais e da
mesma marca.
Na alimentação, nada é mais caro
do que aí, embora não haja diferenças tão grandes, ficando em media 10 a 15%
abaixo.
Portanto, se alguém vier passear
de autocaravana para estas bandas...já sabe com o que pode contar em termos de
preços J
Pernoita num parque de
estacionamento vigiado 24 horas/dia (N 50º03’35’’ E 19º57’45’’), a cerca de 20
minutos a pé, até á Old Town.
Dia 67 – 12/06/2012 – Cracóvia (PL) / Wieliczka (PL) – 012/15.401 km
Tanta dôr de pernas que vai por
aqui JDe manhã a Old Town, que, sem qualquer especie de duvida, é digna de visita.
A Basilica de Santa Maria
O Convento dos Franciscanos, onde
viveu durante largos anos o Papa João Paulo II, antes da sua ida para Roma, com
a janela do seu quarto, bem visivel...
Logo em frente, a Basilica de
S.Francisco de Assis, local onde ele ia diáriamente fazer as suas orações
e onde o local que habitualmente
ocupava, se encontra idebtificado
A Catedral de Cracóvia
De seguida, curta deslocação até
aqui a Wieliczka, onde viémos estacionar num parque pago e vigiado (N49º59’12’’
E 20º03’05’’), com bilhete de 20 Zl e direito a 24 horas, isto é, dá para
pernoitar aqui J
Bem, mesmo que não fosse
vigiado...vigilância é o que não falta por aqui, pois estamos a 50 metros...do
hotel da seleção italiana, portanto mais do que duplamente guardados.
De tarde,visita ás minas do sal, um
dos 12 locais escolhidos pela Unesco, na sua primeira lista de patrimonio
mundial
onde as visitas são
obrigatoriamente com guias, e, para não esperarmos cerca de 2 horas por lingua
espanhola, optámos por inglês.
Uma guia super-simpatica e que
dominava “bem demais” o idioma J...falando a uma velocidade tal, que algumas coisas
escaparam-me J
azar...
A visita inicia-se com a descida
de uma escadaria interminavel
que associada a outras que viriam
mais tarde, totalizavam 820 degraus J
Depois, e através de autênticos
labirintos de galerias
mais de duas dezenas de câmaras
com paredes em sal já petrificado, e algumas verdadeiras obras de arte feitas
no mesmo material
Terminando a visita, com a subida
dos 135 metros até á superficie, através dos elevadores dos mineiros
Á noite, e porque jogavam Polonia
e Russia, bastante movimento de adeptos polacos que se reuniram aqui na cidade
para ver o jogo em ecran gigante, e onde também se misturaram adeptos de outras
seleções, entre eles, 6 irlandeses que se encontram numa AC aqui ao nosso
lado...
Quer dizer, já não são 6, pois um
deles já foi detido e levado pela policia...
Após o jogo, vinham já um bocado
“entornados” e então toca de fazer barulho, quer aqui junto ás AC’s
estacionadas, quer junto á vedação do hotel dos italianos...
Coitados, com quem se foram
meter.
Estiveram 2 amarrados a uma
arvore, mas no final só um é que foi de cana...
E amanhã...vai “doer”
Dia 68 – 13/06/2012 – Wieliczka (PL) / Auschwitz (PL) – 080/15.481 km
Tal como previsto, foi um dia
muito dificil.
Felizmente que estávamos
preparados para o choque, embora não contássemos que fosse tão grande.
É muito dificil conseguir passar
a texto aquilo que senti ao longo de 4 horas de visita guiada ao campo de
concentração/museu de Auschwitz e ao campo de Birkenau.
Hoje optámos logo por guia em
espanhol, e tivémos a sorte de nos “sair na rifa” uma jovem polaca, de nome
Inês,
que nasceu, reside e tem a
familia...aqui mesmo, em Auschwitz, e que, para além de dominar perfeitamente o
castelhano, falava de tal maneira, que se entendia perfeitamente o quanto ela
sentia algumas das coisas que dizia, pois em 1940, a sua familia também foi
vitima do regime nazi...por exemplo, os seus avós, foram expulsos da sua
propria casa, por militares que ali se instalaram durante a ocupação.
Felizmente para eles, não foram
metidos no campo de concentração, e o seu avô, ainda vivo, foi para ela uma
fonte de informação, na primeira pessoa, sobre as atrocidades que por aqui se
cometeram.
Tal como a Inês disse no final da
visita, mais importante do que visitar, é divulgar o que se viu, porque a
memória do homem é curta, e há que prestar homenagem ao milhão e meio de
vitimas deste holocausto, para que a história não se repita,
Dificil é escolher fotos, mas
manda a minha consciencia que publique algumas das cerca de 500 que aproveitei.
Campo/museu de Auschwitz
As minusculas celulas da morte
por asfixiamento......a parede do fuzilamento...
...crematório
Campo de Birkenau
O crematório-2, destruido pelos
nazis imediatamente antes da fuga, e por onde terão passado cerca de 1 milhão
de corpos...
Caserna da ala feminina, onde em
cada cubiculo, eram metidas 8 a 10 mulheres...
Se fossem crianças, eram 12 a 15
e de referir que são 3 compartimentos sobrepostos, sendo que no inferior, e
devido a lodos que existiam por baixo, eram colocadas as vitimas que “as
bestas” consideravam já inuteis e como tendo de morrer mais rapidamente...
Balneário, se é que mereçe esse
nome, das criançasAs latrinas...
Os pseudo balneários para as
mulheres, com a curiosidade das saboneteiras....para o sabão que nem existia.
Que ninguém se esqueça...ISTO
EXISTIU MESMO...OXALÁ NUNCA MAIS VOLTE A ACONTECER
Optámos por pagar 40 Zl (9,40€)
por 24 horas de parque de estacionamento, e assim dormirmos por aqui,
preparados para amanhã atravessarmos a Eslovaquia, rumo a Viena de Austria.
2 comentários:
Olá Vitorino
Deve realmente ser arrepiante estar num local onde se cometeram tantas atrocidades. É bom que não se esqueçam os horrores que foram praticados e para isso nada melhor do que boas fotografias. E saber que há quem diga que o holocausto nunca existiu.
Tentem não pensar mais nisso e continuem a vossa bela viagem.
Abraços.
Acabou de passar há poucos minutos na SIC uma reportagem sobre Auschwitz, onde segundo disseram, várias selecções foram ver os horrores que se praticaram.
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